Menu
Yoga

3 Dicas para você começar yoga – sem desculpas

Confissões.

A primeira vez que tentei yoga eu tinha 16 anos. E foi por indicação da minha psicologa, a Dra Keila.

Eu sofria de uma série de coisas que realmente me atrapalhavam muito: ansiedade, um grau leve de depressão, não conseguia me concentrar, focar… enfim… dentro vários outros “probleminhas”. Ah! Eu também era fumante.

Naquele tempo em Vitória tinham pouquíssimos estúdios de yoga, e pra dizer a verdade só me lembro de um, o que eu frequentei na Praia do Canto. Eu morava em Jardim Camburi e minha mãe me levava, me esperava e voltávamos pra casa.

Fiquei apenas 3 meses nas aulas.

A terapia terminou 2 anos depois e eu estava bem. Várias histórias na vida e alguns anos mais depois, me vi bem mal de novo. Já com 24 anos.

Nessa época eu morava em Nova York e trabalha de babysitter para uma família no Upper East Side, um dos bairros mais ricos de Manhattan. Eu saia do metrô e caminhando em direção à casa onde trabalhava eu observava os vários estúdios de yoga.

Quando eu cheguei no ponto de ficar um tanto desesperada comigo mesma e com a minha vida, eu percebi que apesar de viver de uma forma bem autodestrutiva existia alguma espécie de amor próprio escondido lá dentro.

Dentro dos meus hábitos nada saudáveis eu comia muito mal, virava várias noites acordada e quando dormia, dormia de dia, fumava e viva em constante ansiedade e desconexão – perdida na vida.

Bem, como disse, havia algum tipo de amor próprio que eu sentia que eu não queria ficar mal daquele jeito. Que eu precisava encontrar algo que me ajudasse a me encontrar de novo, a encontrar um equilíbrio, algo que fizesse sentido, pois a vida que eu estava levando não parecia fazer sentido nenhum.

Foi nessa que eu disse: Vou fazer yoga!

E aqui cai bem a nossa…

1ª Dica: Encontre um estúdio ou um professor/professora próximo à você.

De forma em que você encaixe as aulas direitinho com a sua rotina. Essa é uma estratégia para você não querer escapar, principalmente no começo quando você está “parindo” um novo hábito. Esse novo hábito é um bebezinho e ele vai precisar de muita dedicação, carinho, amor e cuidado, até que cresça o suficiente para se tornar mais independente.

Não tem yoga perto de você ou do seu trabalho?

Comece qualquer exercício físico! Qualquer um que você de identifica mais. A verdade é que não é o yoga que te tira de uma situação indesejada de saúde mental e física. O que faz isso acontecer é uma série de fatores como: você começar a se movimentar, você mexer seu corpo e sair do sedentarismo, é você, a cada dia ver que você está conseguindo e isso agir de uma forma super positiva no seu psicológico. É você liberar vários hormônios bons, é você se sentir mais forte e disposto.

Corpo, Mente e Espírito são unidos, trabalhou um, trabalhou todos!!

Bem, voltando na minha história, foi assim que eu dei o início. Eu ia pra aula ou de manhã antes de começar o trabalho, ou à noite depois de finalizar.

E aí você me pergunta: “Nataly, e aí largou o cigarro logo logo?”

Lógico que não rs

Do dia que eu comecei até o último cigarro levei 6 meses.

2ª Dica: Persista!

Não me esqueço do dia que fui pra aula na segunda de manhã fedendo a álcool. Juro.

Acordei atrasada, de ressaca, exalando álcool, mas disse a mim mesma: Eu Vou!!

Por mais rápido que seja o metrô no Nova York, eu cheguei alguns minutos atrasada na aula, e lá 3 minutos depois do horário é estar atrasado, imagina 10!

A sala estava lotada. O professor era um dos mais requisitados do estúdio, o mais antigo, e a aula dele era realmente excelente (ainda me lembro das suas dicas).

Ele me deixou entrar, me disse onde ficar pois não tinha lugar direito, e caramba! Eu mor-ren-do do lado dele. Você me pergunta: “Nataly, você faltou aula então, depois dessa?” Lógico que não!

Acho que foi lição aprendida e depois dessa não me lembro de ter ido a nenhuma outra aula nessas condições. Mas eu nunca deixei de ir!! Nem no inverno com neve caindo.

Naquele ponto as aulas já estavam fazendo efeito, eu já via resultados, eu já gostava deles, estava mais feliz por mim, em melhorar, e tudo isso era muito melhor do que uma noitada em alguma baladinha ou bar bebendo, fumando, comendo mal e não dormindo.

3ª Dica: Busque mais informações

Gente, esse foi o ponto de virada. Foi isso que me fez estar aqui hoje te escrevendo esse post.

A partir do momento que eu me senti segura dentro daquela solução chamada aula de yoga que eu arrumei para me ajudar com meus desequilíbrios físicos, mentais e emocionais, eu queria saber e entender mais.

Quando eu percebi que existia algo como um estilo de rotina saudável que instrui os melhores horários do dia para dormir e comer, os melhores alimentos, que yoga tem uma base teórica/filosófica que preenche a parte intelectual do processo (corpo + mente), bem, eu quis mergulhar naquele conhecimento.

O primeiro livro de yoga que li foi O Coração do Yoga e em seguida li meu primeiro livro sobre ayurveda a medicina holística, tradicional e anciã Indiana: Prakrti a sua constitução ayurvédica (apenas em Inglês no momento desse post).

Até hoje eu estudo muito… muito!

Aprender nunca é demais. E quanto mais você estuda, junto com todas as suas outras práticas e exercícios, você vai construindo um arsenal de ferramentas que te ajudam no seu autoconhecimento.

Depois daqueles 6 primeiros meses praticando yoga, que me ajudou a parar de fumar, que melhorou minha auto estima e amor próprio, que me fez olhar de novo para a Natureza, eu disse: “Vou voltar para o meu país!” E isso foi em 2011.

Posso dizer que de 2011 à 2018 eu caí de cabeça no universo yoga, quase como que uma obsessão rs Aprendi DEMAIS!

E é isso gente, quis contar minha história para, além das dicas, inspirar um pouco e mostrar que é possível a gente sair da condição negativa que em algum momento da vida podemos nos encontrar. Tudo o que coloquei acima eu pratiquei e me ajudou muito no começo 🙂

Dica Bônus 1:

Dependendo da sua condição, JAMAIS DEIXE DE PROCURAR AJUDA PROFISSIONAL MÉDICA. Observe que no início do meu post eu fazia acompanhamento com uma psicóloga e fiz por quase 4 anos.

Vá ao médico, vá ao nutricionista, vá ao psicólogo.

INSTRUTOR DE YOGA NÃO É NENHUM DESSE ACIMA, OK?

Dica Bônus 2:

E se você amar yoga um tantão assim como eu, VÁ COM CALMA E NÃO TENTE EM 1 ANO PRATICANDO VIRAR INSTRUTOR.

Você não precisa fazer um curso de instrutor para se aprofundar mais. Ao invés, busque um professor qualificado e de confiança para te guiar em qualquer questão mais profunda do mundo do yoga. E aguarde… estude.. aprenda.. aplique… 😉

Eu demorei 6 anos para me certificar como instrutora 🙂

Um beijo enorme à todos. Se curtiu e acredita que será útil e ajudará alguém próximo… Compartilhe!

Sobre a autora

Em meio à suas próprias auto descobertas e curas, Nataly se dedica a ajudar as pessoas a se encontrarem também. Master adepta do viver devagar (slow living), do fluir natural (easy flow), do minimalismo e do amor intenso pela natureza.

Sem Comentários

    Deixe um Comentário